O que sou eu se não o outro.

Adriana Vernalha
2 min readApr 4, 2020

--

‘A civilização suaviza o homem, que se torna cada vez menos sanguinário, menos guerreiro…Mas o homem nutre tal paixão pelos sistemas, pelas deduções, abstratas, que está pronto a desfigurar conscientemente a verdade, pronto a fechar os olhos e tapar os ouvidos diante da verdade, tudo para justificar sua lógica.’ Dostoiévski

Como espécie nós seres humanos somos a única a qual seguimos em massa uma só ideologia, um só sistema.

É verdade que as leis civilizatórias moldaram o nosso comportamento mas teriam elas nos tornado mais humanos ou menos animais?

Afinal, deve existir algum ponto onde termina o reino animal e começa o reino humano assim como do vegetal para o animal e do mineral para o vegetal.

Agora uma das capacidades que nós humanos temos é a capacidade de racionalizar — ‘A razão não sabe senão o que aprendeu’ — e é por isto também que sofremos. ‘tu sofres, e tanto mais quanto menos compreendes’

Muitas vezes continuamos sustentando algo somente pelo simples fato de não querermos abdicar da idéia de estar certo mesmo sabendo que fundo estamos errados.

Não há vergonha em estar errado, é na escolha do errado que se encontra o correto e é por isso que este caminho existe, pois a sua escolha no fim será de optar pelo caminho certo.

É vaidade, todas as decisões das nossas vidas são tomadas pois visualizamos o outro. O que o outro vai pensar? O que os outros vão dizer?

O que sou eu se não o outro.

O outro é e sempre será o nosso ponto de referência, é para isso que existem líderes e ‘heróis’, para lembrarmos que também podemos alcançar aquele mesmo nível, porém cada um tem seu próprio destino e as pedras são também parte deste caminho.

É importante que se pense no próximo e que se inspire nele mas que ele não seja o motivo de você não demonstrar o verdadeiro ser que existe em você.

--

--

Adriana Vernalha

A Human Exploring Her Creative Nature. Sometimes in Portuguese Sometimes in English @adrianavernalha